Culinária Canábica

Muito se fala sobre a cannabis porém pouco se enfatiza sobre todos os potenciais que essa planta pode nos trazer. A ilegalidade da mesma gera um tabu social, que vem sendo cada vez mais desmistificado conforme novas legislações surgem em diversos países.

Existem mais de 700 variações genéticas da cannabis, porém com raízes em três classificações, sendo a cannabis sativa, a cannabis indica e a ruderalis. Todas as suas variações possuem peculiaridades no aroma, sabor, potência em relação aos canabinóides e terpenos, além da indicação terapêutica.
Dentre seus potenciais, a maior capacidade nutritiva da planta se concentra na semente, que detém todos os aminoácidos essenciais e que são encontrados em proporções similares à de alimentos como leite, ovos e carne. Por isso, tem grande potencial para ser uma fonte suplementar para esportistas, crianças e vegetarianos, e quando se leva em consideração fatores ecológicos e nutricionais, gera menor degradação ambiental e apresenta baixos níveis de gordura saturada.

A semente apresenta um teor de 26 a 31% da proteína mais completa do reino vegetal, além de ter de 30 a 35% de seu peso formado por ácidos graxos essenciais não saturados como o Ômega 3 e 6, que representa 80% do volume do óleo da semente, sendo o de maior percentual encontrado na natureza, seguido pelo óleo de linhaça com 72%.

A semente deve ser ingerida sem ser submetida a cocção quente, para evitar a transformação dos ácidos essenciais, podendo ser ingeridas inteiras, trituradas, através do óleo e da farinha da semente.

Estudos científicos conduzidos desde 1992 indicaram que após um período de semanas com introdução da semente de cânhamo na dieta alimentar (aproximadamente 20 gramas diárias), é possível ter uma drástica queda nos níveis de colesterol total e da pressão sanguínea.

É importante ressaltar que tais recomendações de consumo consistem na semente de variedade da cannabis sativa, de enorme aplicabilidade industrial e ambiental, que tem como principal diferença das demais, o teor de THC inferior a 0,3% inviabilizando as propriedades psicoativas da planta.            A Cannabis Sativa produz uma substância chamada canabidiol (ou CBD), um endocanabinoide já existente no corpo mas produzido em quantidades mínimas.
No corpo humano, este composto serve fundamentalmente para a promoção do relaxamento, embora existam várias outras propriedades associadas ao seu consumo.
O CBD é muito diferente do THC. Ao contrário dos efeitos psicoativos associados ao THC, o canabidiol consiste num óleo retirado da cannabis e que pode ser usado para finalidades diversas.
Têm sido realizados muitos estudos em torno das propriedades e dos benefícios do canabidiol, havendo um grande interesse, por parte da comunidade científica, sobre a forma como este extrato pode contribuir para a melhoria da saúde humana.
Entre os principais benefícios e propriedades que pode encontrar no CBD encontra-se a sua propriedade anti-cancerígena, a sua ação anti-inflamatória; a sua ação analgésica; o seu poder no tratamento de quadros clínicos psicóticos, depressivos e epiléticos.
Além dos chás e dos óleos, o uso de canabidiol na culinária também tem sido falado e existem, inclusive, várias receitas à base de canabidiol das mais distintas iguarias, não só primam por serem deliciosas, mas também pela forma como o uso de CBD pode, efetivamente, dar o seu contributo para uma saúde melhor e para a prevenção de algumas das doenças mais temidas da atualidade.

Além disso, a cozinha recreativa, com o uso do THC já é utilizada e conhecida em muitos lugares, porém com cada vez mais pesquisas e conhecimento do assunto, a arte da gastronomia cannabica tem sido mais difundida e reconhecida.

As flores e folhas da cannabis, após passarem pelo processo de secagem, tem uma forte conotação terapêutica e recreativa na cozinha, devido a concentração de produção de canabinóides, principalmente nas flores da planta fêmea, sendo amplamente utilizada diluída no grupo dos lipídeos e álcoois, e introduzida em uma infinidade de receitas.

È necessária, porém, responsabilidade por parte do cozinheiro, no que diz respeito ao conhecimento prévio sobre o comensal, a qualidade da planta e a dosagem na receita, e é necessária mais responsabilidade ainda, por parte do consumidor, em não exceder os limites recomendados.

Em países em que legislações sobre o tema já são mais avançadas do que no Brasil, como os EUA, grandes empresas como a Coca Cola e celebridades têm investido nessa indústria promissora. Além disso, um exemplo de como esse mercado gastronômico tende a crescer ainda mais, é o reality show da Netflix focado nas receitas cannabicas (Cooking On High), que coloca chefs de cozinha para criar o prato mais saboroso e criativo, com a ressalva de em todas as receitas os chefs terão que dominar a arte da descarboxilação e extração de THC, para garantir que seus pratos sejam deliciosos e potentes.

 

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    […] de concentrado, o BHO oferece um potente efeito medicamentoso. Atualmente é comum encontrar na gastronomia cannabica, preparos com concentrados de BHO adicionados a alimentos e bebidas. Isso porque sabendo a […]

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